Comissão vai à Brasília para garantir atendimento às vítimas de lesões nas mãos e membros superiores
4Durante o Fórum Social e de Defesa Profissional dos Especialistas em Cirurgia da Mão, realizado em 30 de julho no Hospital Santa Catarina, em São Paulo, os membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão elegeram uma comissão que irá à Brasília apresentar as necessidades desta especialidade, condensadas em um documento batizado de Carta de São Paulo. O objetivo dos cirurgiões é conversar com representantes do Ministério da Saúde para sanar algumas das principais carências da área, entre elas a falta de infraestrutura para atender as vítimas de acidentes de trabalho.
O Fórum teve a participação de especialistas em cirurgia da mão, representantes da Procuradoria Geral da República –SP, da Força Sindical e da Associação Paulista de Medicina. As filas para atendimento, a falta de regulamentação para procedimentos e a inexistência de centros de referência foram alguns dos tópicos abordados.
O Hospital das Clínicas de São Paulo é um dos poucos hospitais do Brasil com um centro de referência em cirurgia da mão e concentra grande parte da demanda da cidade. Em caso de lesões de plexo braquial, muito comum em acidentes com motos, as filas de espera por uma cirurgia podem superar os 19 meses, quando o recomendado é no máximo nove meses.
“O HC tem a capacidade de realizar 48 cirurgias de plexo braquial por ano, cerca de quatro por mês. Hoje temos na fila 78 pacientes, o que leva a um tempo médio de espera de 19 meses e duas semanas. O prazo máximo de espera recomendado para este tipo de lesão é de nove meses. Quanto mais se espera maior o risco de sequelas graves para o paciente”, alerta o dr. Luiz Koiti Kimura, cirurgião da mão do Hospital das Clínicas de São Paulo e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão.
Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS – o ideal é que exista uma equipe capacitada em cirurgia da mão e microcirurgias reconstrutivas a cada dois milhões de habitantes. “Só em São Paulo temos mais de 11 milhões de habitantes e apenas um centro específico, ligado ao HC e inaugurado há pouco tempo para atender a demanda. Mesmo trabalhando 24 horas por dia e doando os fins de semana para atendimento este é um cenário extremamente preocupante”, afirma o dr. Rames Mattar Júnior, diretor do centro de referência em Cirurgia da Mão do Hospital das Clínicas de São Paulo e um dos membros da comissão eleita para representar a especialidade em Brasília.
A comissão eleita para representar a especialidade em Brasília é composta pelo presidente da SBCM, dr. Gilberto Ohara, pelo presidente da Comissão de Ética e Defesa Profissional, dr. Luis Carlos Sobania e pelo diretor do Centro de Referência em Cirurgia da Mão do HC São Paulo, dr. Rames Mattar Júnior. A data para a reunião ainda não foi definida pelo Ministério.
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